Estudantes
do Serviço de Tecnologia Alternativa – SERTA, dos campus de Ibimirim (Sertão) e
Glória do Goitá (Zona da Mata), se juntaram aos milhares de trabalhadores
rurais que marcharam nesta quarta-feira (20)n o 5º Grito da Terra Pernambuco,
movimento organizado pela FETAPE – Federação dos Trabalhadores na Agricultura.
Os trabalhadores se concentraram em frente à sede da Fetape e seguiram em
direção ao Palácio do Campo das Princesas. Liderados por várias entidades como
CONTAG, Articulação do Semiárido - ASA, Centro Sabiá, Comissão Pastoral da
Terra - CPT, CUT e CTB, os trabalhadores gritavam: “se o campo não planta a
cidade não janta”, conclamando os governos à promover a valorização do trabalho
rural.
Uma
extensa pauta foi entregue ao Governador Paulo Câmara (PSB) fruto de discussões
do movimento popular. Entre os destaques estão: a valorização da agroecologia e
das sementes crioulas para a produção de alimentos saudáveis; agilidade na
Reforma Agrária para combater a concentração de terras; Reforma política e
Tributária; democratização dos meios de comunicação e respeito ao voto.
Segundo
o presidente da Fetape, Doriel Barros, o Grito da Terra trouxe várias
conquistas para os trabalhadores, mas ainda há muito que se fazer para
consolidar as políticas públicas e geração de um desenvolvimento sustentável no
campo. “A gente evoluiu com a criação da Secretaria Executiva de Agricultura
Familiar. Mas o Estado precisa assumir o compromisso de fortalecer a Secretaria
para promover a sustentação da agricultura familiar”.
Para
Aline Anízia, de Santa Maria do Cambucá, que estuda o Curso Técnico em
Agroecologia no Serta, o Grito da Terra é muito importante para a juventude
rural. “É um espaço de luta e de grande importância para nós, trabalhadores e
trabalhadoras rurais. É também um espaço de muita representação da juventude
rural e por isso estamos aqui. Para somar forças com os companheiros que lutam
bravamente por uma terra justa”. Destacou Aline.
Já
a estudante Thayná Melo (Águas Belas) lembrou que o Movimento se fortalece a
cada dia e que é preciso mostrar para a cidade a força dos trabalhadores
rurais, responsáveis pela produção de alimento de toda a humanidade. “Nós
estamos aqui para mostrar ao governo que é no campo que a produção acontece. E
que queremos continuar produzindo de maneira saudável e sustentável”. Concluiu
a estudante.
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