A
preocupação com o meio ambiente tem se intensificado nas escolas públicas de
Garanhuns. Por conta da crise no abastecimento que acomete todo o planeta,
várias escolas realizam projetos ambientais e estimulam o uso consciente da
água e a reciclagem. Nesse sentido o Projeto Águas de Garanhuns tem sido um
aliado das escolas, realizando palestras informativas e formativas para
públicos que variam entre crianças, jovens e líderes comunitários.
No
mês de março, o Projeto Águas de Garanhuns chegou à escola Professor Elvira
Viana, para estudantes do 2ª ano do Ensino Médio. A palestra foi realizada pelo
novo técnico de campo da Econordeste, Petrônio da Silva Lemos, que destacou a
importância das matas para a preservação das nascentes. Segundo Petrônio, com a
obrigatoriedade de declarar área de reserva legal, o que foi reforçado a partir
do Cadastro Ambiental Rural (CAR), vários produtores tem procurado a equipe do
Projeto para ampliar e preservar suas áreas de mata. Contudo, o atendimento da
demanda implica na ampliação dos recursos para revegetação, por isso, é
necessário estimular o surgimento de novas entidades que venham a fortalecer a
luta e a preservação ambiental.
Esta
perspectiva de garantir reservas de matas a partir da obrigatoriedade do CAR,
torna-se factível por conta do patrocínio da Petrobras ao projeto Águas de
Garanhuns, por meio do Programa Petrobras Socioambiental. O recurso é fruto do
projeto ter sido selecionado na Seleção Pública de Projetos de 2014.
Em Garanhuns, no Agreste pernambucano o Programa Petrobras Socioambiental, através do projeto, marca presença nas ações de preservação da natureza e a proteção das águas, esta iniciativa tem despertado interesse em diversas comunidades rurais para que desenvolvam ações similares.
Nas
áreas atendidas pelo projeto Águas de Garanhuns, as nascentes recebem
cercamento, visando a contenção do gado e plantio de novas mudas para adensar a
mata existente. O entorno da nascente é protegido a partir de anéis de
vegetação que são criados com novas cultivares. Para o plantio em tempos de
estiagem, o Projeto adota técnicas diferenciadas, como é o caso da utilização
do hidrogel, um polímero de carbono que é aplicado no solo antes de receber a
muda como forma de manter a raiz úmida por até seis meses.
“A
lei federal prevê a compensação e reposição florestal. A legislação estabelece
que essa reposição seja feita na mesma região onde os impactos foram gerados,
priorizando as áreas susceptíveis”. Destacou o técnico Petrônio ao falar do
Cadastro ambiental rural. Ele lembrou ainda que a nascente Olho D’água, que
recebe intervenção do projeto, foi bastante danificada por uma erosão ocasionada
com as chuvas no começo de março. Por esta razão os ambientalistas estão
avaliando a situação para a devida tomada de providências.
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