Uma
vistoria elaborada pelo Conselho Regional de Medicina de Pernambuco resultou na
interdição ética no Hospital Regional Dom Moura, em 23 de abril de 2013. De lá
para cá, as coisas só tem piorado, faltam remédios, equipamentos e até médicos.
Segundo os pacientes que buscaram atendimento nesta sexta, tem médico que já
não comparece ao trabalho a mais de mês. Também neste sexta feira o Governo
Eduardo Campos, através da Secretaria de Saúde entregou 47 Unidades do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à população. O serviço é um dos mais
bem conceituados e eficientes para o atendimento emergencial, contudo, promove
um aumento no fluxo de internações e consequentemente, a superlotação dos
hospitais. Em Garanhuns não deu outra: o SAMU chegou e o DOM MOURA "quebrou".
Isso mesmo quebrou no sentido de tornar-se incapaz de atender até os casos mais
simples. Hoje, o que se via no hospital Dom Moura era desespero de quem
procurava tratamento ou realizar algum exame. Na sala de Raio X só funcionava a
máquina pequena. A grande está parada há dias.
O
Samu é essencial para garantir o resgate e salvar vidas, porém, com seu
funcionamento os hospitais também terão que se adaptar para suprir a demanda.
Se o hospital não tiver condições, as chances de que muitas vítimas, morram nos
corredores dos hospitais, como o Dom Moura, é grande. A Secretaria Estadual de
Saúde vai ter que pensar urgentemente um plano "B", antes que as
coisas piorem.
Quando
da intervenção ética do hospital, o presidente do Sindicato dos Médicos (Simepe),
Sílvio Rodrigues, explicou que não existe uma integração dentro do próprio
Governo do Estado. "O Dom Moura é um hospital referência. Tanto para casos
de alta complexidade quanto para os estudantes da Universidade de Pernambuco, que
deveriam ter aulas na unidade", lembrou. Está claro que não existem
condições para esse tipo de atividade. Enquanto não se chega a uma solução para
o caos do Dom Moura, melhor mesmo é que o Samu não leve ninguém para lá.

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