Palmeiras que enfeitavam Bom Conselho são derrubadas

As palmeiras imperiais que embelezaram a entrada de Bom Conselho, no encontro das Ruas Joaquim Nabuco e Siqueira Campos foram derrubadas. Elas estavam “atrapalhando” a construção de um posto de combustível e foram removidas como um lixo à beira da estrada. Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SECTMA), a Legislação não protege plantas como a Palmeira Imperial, consideradas exóticas. Cabe, no entanto, que a Câmara Municipal por projeto de lei, garantir a sobrevivência da espécie por tombamento, mas isso requer um Legislativo atuante. As plantas que estão dispostas em locais públicos devem ser consideradas, por ocasião de projeto arquitetônico municipal, mas isto também deve estar presente no Plano Diretor de Arborização, o que Bom Conselho se tem, não o utiliza. Empreendimentos como Postos de gasolina, se bem pensados, são dispostos em áreas com capacidade para ampliação. Um posto de combustível para ter o merecido retorno financeiro precisa de loja de conveniência, borracharia, estacionamento, restaurante e quem sabe até o bom hotel, pois sem estes serviços agregados, o empresário pode ficar meio que “ver navios”. Neste caso está mais para “a desejar clientes”.

Enquanto a consciência ecológica não chega, nós ficamos “sem ver as palmeiras”, que tanto embelezavam o acesso ao Centro de Bom Conselho. É lamentável, ver as poucas árvores do município, jogadas fora por projetos que poderiam ser repensados de maneira a valorizar a natureza – talvez se chamasse até Posto das Palmeiras. Segundo os técnicos do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), as Palmeiras Imperiais são da família arecáceas (Roystonea Regis) e têm uma vitalidade, que embora exóticas, são comuns às plantas da caatinga: podem secar totalmente que rebrotaram com as primeiras chuvas. Então não se engane ao ver uma Palmeira seca. Preserve a natureza. Preserve a vida.

Palmeiras  antes da derrubada