Enquanto a crise se alastra no
Congresso e no Governo Temer. Que na verdade não teme nem o povo brasileiro quando
cinicamente propõe aposentadorias para quem já não terá mais nada para viver,
em contrassenso à sua com 54 anos de idade. A agricultura vive um dilema entre
os bancos. Um grande valor foi aportado: R$ 185 bilhões em créditos para os
produtores brasileiros. Desse montante o Banco do Brasil é responsável por 60%.
Um volume de R$ 101 bilhões para a safra 2016/2017. Os outros 40% ficam entre
os Bancos do Nordeste e Caixa Econômica Federal. Contudo os bancos estão
temerosos de como gastar esse recurso, principalmente o banco do Brasil que já
anunciou o afastamento de aproximadamente 20 mil funcionários que devem aderir
uma espécie de saída voluntária, um jeitinho de empurrar o bancário para fora
sem tocar nele. Mas alguns até gostaram da ideia.
Para os bancos o maior temor é a
inadimplência, que assombra qualquer gerente das minguadas agências pelo Brasil
a fora. É que o condicionante de inadimplência por agente não pode ultrapassar
2%, senão a agência não pode continuar operando o crédito. Para os produtores
do Agreste a dica é diversificar a produção, e mesmo com a fama de bacia
leiteira, que já não tem mais pasto para o rebanho, é bom pensar em outras
criações ou culturas. Nas linhas de crédito do Pronaf tem destaque este ano
duas modalidades, que não são tão novas, mas pouco acessadas. O Pronaf
Agroecologia e o Pronaf Eco. Na verdade, embora essas linhas já existam há alguns
anos, no Nordeste não há registros de aprovação de nenhum Pronaf agroecologia.
O que levou uma equipe de técnicos rurais, entidades representativas de
trabalhadores rurais e representantes dos bancos do Brasil e Nordeste a
promover um diálogo sobre o tema na cidade de Batalha, em Alagoas. Pernambuco
ainda não conseguiu dialogar sobre o assunto do ponto de vista financeiro. É
preciso então, copiar o exemplo de nossos vizinhos alagoanos e começar,
urgentemente, a diversificar as culturas, colocando tudo junto e misturado conforme
preceitua a agroecologia, pois nem só de carne vive o homem.
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