quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Bancos apostam em projetos sustentáveis e agroecológicos no Nordeste

Enquanto a crise se alastra no Congresso e no Governo Temer. Que na verdade não teme nem o povo brasileiro quando cinicamente propõe aposentadorias para quem já não terá mais nada para viver, em contrassenso à sua com 54 anos de idade. A agricultura vive um dilema entre os bancos. Um grande valor foi aportado: R$ 185 bilhões em créditos para os produtores brasileiros. Desse montante o Banco do Brasil é responsável por 60%. Um volume de R$ 101 bilhões para a safra 2016/2017. Os outros 40% ficam entre os Bancos do Nordeste e Caixa Econômica Federal. Contudo os bancos estão temerosos de como gastar esse recurso, principalmente o banco do Brasil que já anunciou o afastamento de aproximadamente 20 mil funcionários que devem aderir uma espécie de saída voluntária, um jeitinho de empurrar o bancário para fora sem tocar nele. Mas alguns até gostaram da ideia.

Para os bancos o maior temor é a inadimplência, que assombra qualquer gerente das minguadas agências pelo Brasil a fora. É que o condicionante de inadimplência por agente não pode ultrapassar 2%, senão a agência não pode continuar operando o crédito. Para os produtores do Agreste a dica é diversificar a produção, e mesmo com a fama de bacia leiteira, que já não tem mais pasto para o rebanho, é bom pensar em outras criações ou culturas. Nas linhas de crédito do Pronaf tem destaque este ano duas modalidades, que não são tão novas, mas pouco acessadas. O Pronaf Agroecologia e o Pronaf Eco. Na verdade, embora essas linhas já existam há alguns anos, no Nordeste não há registros de aprovação de nenhum Pronaf agroecologia. O que levou uma equipe de técnicos rurais, entidades representativas de trabalhadores rurais e representantes dos bancos do Brasil e Nordeste a promover um diálogo sobre o tema na cidade de Batalha, em Alagoas. Pernambuco ainda não conseguiu dialogar sobre o assunto do ponto de vista financeiro. É preciso então, copiar o exemplo de nossos vizinhos alagoanos e começar, urgentemente, a diversificar as culturas, colocando tudo junto e misturado conforme preceitua a agroecologia, pois nem só de carne vive o homem.

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