quinta-feira, 26 de junho de 2014

Um olhar ecológico para redesenhar a natureza

Fala-se tanto em salvar o planeta, preservar as nascentes, reciclar e tantos outros Rs. A humanidade finalmente começa a se dar por conta do prejuízo que tem causado à mãe natureza. E corre contra o tempo para amenizar o estrago. Por séculos aprendemos a explorar, extrair e fazer o que queríamos com a terra. Ela se mostrou poderosa, mas não imortal e é por isso que o homem a quer preservar. Contudo para preservar a vida muita discussão é necessária. Pressionado pelas Organizações Ambientalistas o Governo criou vários artifícios: Unidades de Conservação, Reservas naturais e mais recentemente Áreas de Reserva Legal, que determina a obrigatoriedade de manter uma parcela da propriedade protegida de qualquer intervenção humana.

O alerta maior no Agreste pernambucano é em relação o uso racional da água. Para suprir a necessidade do liquido é comum para o produtor, ou mesmo para as prefeituras abrir poços, sangrando mais uma vez a Mãe Natureza. Estamos chegando à Era "Mad Max", em que se troca água por ouro. A água é extraída de maneira tão brutal que sentimos o lamento da terra ao ressecar de suas entranhas, enquanto que o ciclo de reposição aumenta significativamente. O tempo que um poço leva desde que sua água é retirada, em algumas localidades chega a ser de 12 horas, o que demonstra que um dia ele não conseguirá mais repor, pois o desmatamento no entorno à nascente faz com que a terra não retenha a água da chuva. A água evapora e por isso, vem inverno, sai inverno, e a seca continua massacrando a população.

Se cuidássemos bem da natureza, a primeira coisa que faríamos, deveria ser deixar de explorar a água. Mas isso é impossível, já que precisamos de água para viver. Então o que fazer? Como utilizar os recursos naturais de maneira a não perde-los num futuro próximo? São questões que devem nortear o pensamento de gestores e de nós usuários e exploradores da natureza. A resposta está na própria natureza. Se o homem quiser mesmo salvá-la, tem que aprender a imitá-la; a cuidar da terra como ela própria se cuida: repondo, transformando, renovando-se naturalmente. Um desafio para quem pensa em redesenhar as florestas naturais, pois na vida nem tudo se transforma... algumas coisas se recriam.

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