Fala-se
tanto em salvar o planeta, preservar as nascentes, reciclar e tantos outros Rs.
A humanidade finalmente começa a se dar por conta do prejuízo que tem causado à
mãe natureza. E corre contra o tempo para amenizar o estrago. Por séculos
aprendemos a explorar, extrair e fazer o que queríamos com a terra. Ela se
mostrou poderosa, mas não imortal e é por isso que o homem a quer preservar.
Contudo para preservar a vida muita discussão é necessária. Pressionado pelas Organizações
Ambientalistas o Governo criou vários artifícios: Unidades de Conservação,
Reservas naturais e mais recentemente Áreas de Reserva Legal, que determina a
obrigatoriedade de manter uma parcela da propriedade protegida de qualquer intervenção
humana.
O
alerta maior no Agreste pernambucano é em relação o uso racional da água. Para suprir a necessidade do liquido é comum para o produtor, ou mesmo para as prefeituras
abrir poços, sangrando mais uma vez a Mãe Natureza. Estamos chegando à Era
"Mad Max", em que se troca água por ouro. A água é extraída de maneira tão
brutal que sentimos o lamento da terra ao ressecar de suas entranhas,
enquanto que o ciclo de reposição aumenta significativamente. O tempo que um
poço leva desde que sua água é retirada, em algumas localidades chega a ser de
12 horas, o que demonstra que um dia ele não conseguirá mais repor, pois o
desmatamento no entorno à nascente faz com que a terra não retenha a água da
chuva. A água evapora e por isso, vem inverno, sai inverno, e a seca
continua massacrando a população.
Se
cuidássemos bem da natureza, a primeira coisa que faríamos, deveria ser deixar
de explorar a água. Mas isso é impossível, já que precisamos de água para
viver. Então o que fazer? Como utilizar os recursos naturais de maneira a não perde-los
num futuro próximo? São questões que devem nortear o pensamento de gestores e
de nós usuários e exploradores da natureza. A resposta está na própria
natureza. Se o homem quiser mesmo salvá-la, tem que aprender a imitá-la; a
cuidar da terra como ela própria se cuida: repondo, transformando,
renovando-se naturalmente. Um desafio para quem pensa em redesenhar as
florestas naturais, pois na vida nem tudo se transforma... algumas coisas se
recriam.
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