O
levantamento realizado pelo IPA Garanhuns vem buscando, desde meados de 2012,
informações sobre variedades de sementes de Feijão Crioulo (nativos) ou
Feijão de Arranca e de Favas cultivadas na Zona Rural.
O trabalho quantifica as variedades em uso, forma de distribuição e utilização
dessas variedades nas diversas comunidades, variedades mais e menos
plantadas, além de identificar as espécies que vêm desaparecendo ao longo do
tempo. Até o momento, foram entrevistados, aproximadamente, 40 agricultores,
sendo identificadas 20 variedades de Feijão Crioulo e 10 variedades de Fava.
A
ação vem sendo realizada por meio de visitas, aplicações de questionários e
coleta de amostras nas propriedades rurais distribuídas nos três distritos de Garanhuns: São Pedro, Miracica e
Iratama. Durante as visitas, as famílias recebem um folder informativo sobre o
tema e orientações técnicas a respeito da questão das sementes crioulas. As
amostras coletadas estão expostas no Escritório Municipal do IPA, em Garanhuns,
devidamente identificadas com o nome de cada variedade, agricultor e comunidade
onde foi encontrada.
O
objetivo é discutir, em conjunto com as comunidades, aspectos relativos à
importância da preservação do maior número possível de variedades crioulas, por
meio da formação de bancos de sementes familiares e comunitários nas
associações. Segundo o extensionista do IPA de Garanhuns, Pedro Balensifer ,
essas sementes são rústicas e melhor adaptadas ao microclima de cada região e,
portanto, estratégicas para a consolidação do novo conceito de ações de
Convivência com o Semiárido.
“As
Culturas do Feijão e da Fava são de grande representatividade para os
agricultores familiares de Garanhuns e de todo o Agreste pernambucano. A
importância dessas culturas se traduz nos tradicionais hábitos alimentares dos
agricultores e sua comercialização é feita nas feiras e centrais de
abastecimento da região”, diz Balensifer.
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