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Mata em Saloá - PE |
Após
quase dois anos da mudança do Código Florestal, o governo federal
publicou na ultima segunda-feira, em edição extraordinária do Diário
Oficial da União, um decreto que começa a definir as regras para que
proprietários de terra que desmataram ilegalmente possam se regularizar.
Foram
divulgadas as normas gerais para que os Estados possam editar seus
Programas de Regularização Ambiental (PRA), previstos no novo código para
orientar como deve ser feita a recuperação das áreas que foram desmatadas
irregularmente. Essas regras eram esperadas desde o final de 2012 de modo
que os PRAs pudessem ser implantados dentro de dois anos após a lei –
prazo que se encerraria no final do mês.
Eram
esperadas também as regras para outra ferramenta prevista pelo código, o
chamado Cadastro Ambiental Rural. É por meio desse cadastro, online, que
os proprietários vão registrar as condições de suas terras (quanto está plantado,
quanto foi desmatado, quanto existe de reserva legal e área de
preservação permanente) e definir como regularizar o que estiver irregular. O
decreto, porém, não veio acompanhado disso. Cabe ao Ministério do Meio
Ambiente publicar uma instrução normativa, que foi prometida para o final
desta semana.
Até
o momento, o Cadastro Ambiental e os Programas de Regularização vinham sendo
adotados de modo tímido somente por iniciativas estaduais, que terão de
se adequar às orientações federais. Quando o Cadastro for enfim
publicado, todos os proprietários rurais do País, estimados em cerca de
5,6 milhões, terão o prazo de um ano, prorrogável por mais um, para se
cadastrar. O cadastro é autodeclaratório e contará com
georreferenciamento e imagens de satélite.
O
governo espera, com esses dados, conseguir traçar um panorama das áreas
de produção agrícola e de vegetação natural conservada em cada uma das
propriedades de terra do País. A ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, disse ontem, que acredita que em um ano já seja
possível ter esse quadro. “Isso dá uma visão clara do território
brasileiro e do que pode ser recuperado”, disse.
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