Matéria de Juliana Sá – publicada no Diário Oficial do Estado de Pernambuco na edição de sábado, dia 29 de março de 2014.
O
aluno do 3º ano da Escola de Referência em Ensino Médio - EREM, Monsenhor João Marques, da cidade de Saloá,
Valdemir José da Silva, de 16 anos, teve que passar alguns dias sem frequentar
as aulas. Mas tudo por uma boa causa. Ele participa de uma visita à estação
Antártica juntamente com a equipe de pesquisadores da Marinha do Brasil.
Valdemir
e o professor de Ciências Naturais, Álvaro Deangells, formam uma das quatro
duplas vencedoras do concurso cultural “O Brasil na Antártica” promovido pela
Marinha do Brasil. Eles produziram um vídeo sobre o programa de pesquisas
Antártico Brasileiro - Proantar e a importância da Antártica para a vida no planeta.
A produção garantiu a seleção dos dois entre mais de 200 inscritos de todo
País. Eles permanecem no chamado continente branco até este domingo. “Fiquei
muito feliz por ter sido selecionado para a viagem. Antes de chegar à Antártica
passamos pelo Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Patagônia, no Chile, onde recebemos
um treinamento específico para adaptação no local. É uma experiência
enriquecedora, tanto do ponto de vista do conhecimento científico, como para a
minha vida. Estou aprendendo muita coisa”, relatou o estudante que se prepara
para o vestibular de Medicina. Para Álvaro Deangells, a emoção não é diferente.
Graduado em Biologia, ele destacou a importância do momento para sua vida como
profissional.
“Conhecer
um ecossistema completamente diferente, num lugar onde poucas pessoas têm a
oportunidade de ir, e ainda acompanhar uma expedição com os pesquisadores da Marinha,
sem dúvida vai marcar nossas vidas”. Ele disse que na produção do vídeo de um
minuto e 43 segundos utilizou a técnica Stop Motion (sobreposição de
fotografias para formar o vídeo), trabalho que levou nove horas para ser
concluído, além de uma semana de planejamento e montagem de roteiro. “Contamos
com a ajuda de outros alunos do Programa Projovem e utilizamos materiais
simples, como emborrachado e palitos de fósforos. Sempre fomos otimistas.
Sabíamos que ficaríamos pelo menos entre os 10 melhores”. “Além da ansiedade, a
preocupação com as baixas temperaturas nos faz viver uma experiência ímpar.
Recebemos todo apoio da Secretaria de Educação do Estado para adquirir itens
como protetor labial e de pele, óculos escuros, meias e luvas de lã. Com
certeza, estamos vivendo uma experiência que só nos vai engrandecer”, concluiu
Deangells.
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