segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

APAC garante recursos para Econordeste revitalizar nascentes do Mundaú

A ONG Econordeste - Organização Não Governamental Ambientalista do município de Garanhuns está realizando um projeto para restauração e conservação das nascentes do Rio Mundaú. A Econordeste concorreu ao edital FEHIDRO publicado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC) em 2011. O projeto foi aprovado, mas só em 2013 é que o recurso, no valor de R$ 130 mil foi repassado para a entidade, que conta ainda com contrapartida do município, através do Fundo Municipal de Meio Ambiente, na ordem de R$ 50 mil, totalizando R$ 180 mil reais. Três nascentes estão sendo revitalizadas e localizam-se nas fazendas Trindade e Brejo da Jussara, e a do sítio Mochila.

Segundo o presidente da Econordeste, Gilberto Miranda, a entidade já atua na região havia 6 anos, participando de organização de concursos ambientais, palestras e trabalhos de campo, mas foi a partir do projeto da APAC que as atividades foram intensificadas sendo necessário o planejamento constante. "No começo as atividades aconteciam de acordo com nosso próprio compromisso ambiental. Nos envolvemos em projeto escolares e nas comunidades rurais. Com a aprovação dos projetos precisamos sistematizar nossa atuação. Praticamente realizamos reuniões a cada 15 dias, e na sede, as atividades não param", destaca o ambientalista.

A ONG também tem buscado parcerias com entidades de ensino e pesquisa como a Universidade Federal Rural de Pernambuco. O responsável técnico pelo Projeto professor Marcos Renato Mattos (UFRPE) destaca que a intenção é de isolar mecanicamente a área da nascente, contudo em alguns casos é necessário promover o reflorestamento de todo o entorno do olho da nascente. "Cada nascente tem uma situação diferente. O que nós buscamos é a proteção de todo o entorno, atendendo ás exigências da legislação ambiental quando fala do manejo e da utilização controlada, seja da mata ciliar ou da própria água", lembra Renato. Ele destaca que o cercamento das três nascentes não utiliza árvores e sim estacas de feitas a partir do plástico reciclado, uma técnica nova para o Nordeste, mas que já vem sendo realizada nos estados do Sul e Sudeste.

A lisura e seriedade no trabalho da Econordeste garantiram a aprovação de mais dois projetos. 01 pela Petrobras e outro da APAC, que estão em vias finais de liberação. Marcos Renato lembra da importância de identificar as nascentes em Garanhuns ou Região. "Nós estamos procurando mapear todas as nascentes e a comunidade pode participar indicando as áreas que estão mais vulneráveis à degradação do homem", conclui.

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