Os
catadores de material reciclável enfrentam uma árdua luta. Como não bastasse
não ser reconhecido como profissional, eles ainda disputam o pouco que
conseguem, com grandes catadores - empresas que estão se formando em busca
desse nincho de mercado que está relacionado diretamente com a sustentabilidade
do planeta.
Os
municípios por sua vez, estarão com problemas sérios, caso não consigam acabar
com os lixões até 2014. Eles ainda precisam implantar coleta seletiva e
direcionar políticas públicas para atendimento dos catadores, resgatando essas
famílias para um convívio de maior aceitação social.
Os
catadores em Bom Conselho já reclamaram à alguns dias, a presença do prefeito
Danilo Godoi, ou representantes da Secretaria de ação social no lixão, para que
o gestor se sensibilize com a situação e inicie um trabalho de valorização das
famílias que vivem do lixão. Mas até agora ninguém apareceu por lá, e eles
continuam com os mesmos problemas. Um dos catadores, Roberto Pereira, vive da
atividade da coleta seletiva há muito tempo. Ele conta que o trabalho é muito
difícil, pois recebe todo tipo de lixão, até material hospitalar. A falta de um
aterro de um serviço público de coleta seletiva, só tem piorado a vida. Os
riscos são evidentes e o mal cheiro já alcança a PE 218, que margeia o lixão.
"Até
hoje não recebemos a visita do prefeito. Ele esteve em minha casa durante a
eleição, ano passado. Mas acho que é um bom homem, só não tem tempo de pensar
em nós", destacou Roberto. Ele trabalha diariamente com mais 11 pessoas no
lixão e espera que com tanta discussão sobre meio ambiente e resíduos sólidos,
a vida possa melhorar. A reivindicação dos catadores é tão humilde quanto eles
próprios. Querem apenas um galpão para separar o material e abrigo para a
chuva.

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