Sou
religioso – até onde meu senso crítico permite ser. Acredito mesmo que o padre
ou o pastor tem um papel muito importante para o desenvolvimento da sociedade.
Assim como tem o professor, o médico, o engenheiro e o radialista. Cada um no
seu devido lugar. Já pensou como seriam as coisas sem essa ordem lógica e
funcional. Teria o padre condições de fazer uma cirurgia em alguém? Ou ao
médico, caberia um bom microfone?
Algumas
coisas porém, me deixam bastante inquieto. Um delas é a vulgaridade como a
sociedade, ou “certa sociedade”, tende a ver as profissões. Todos querem ser
tudo e não acho que isto seja correto. Muito menos liberdade de imprensa. Falo
isto, pois ontem esbarrei com sindicalistas e pastores juntos. Disputando a
diretoria do Sindicato dos Radialistas de Pernambuco. Confesso que fiquei
engasgado. A religião chegou ao Conservatório pernambucano de música, e com seu
jeitinho sereno e prepotente, tomou conta. Resultado: a música brasileira está
cada vez pior. Sinfonias, consertos ou sonatas, agora são hinos, louvores e
glórias. Perdoem-me o desabafo de simples repórter, mas Sindicato de
Radialistas é lugar de radialistas, e não de religiosos. Como diz a música, não
muito boa, porém apropriada: cada um no seu quadrado. Se um invadir o lugar do
outro será uma divina comédia, ou melhor, uma eterna indecência. Só Deus pode
parar a humanidade. Viva a liberdade de imprensa. Fora aqueles que à querem à
serviço da dominação.
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