terça-feira, 28 de maio de 2013

O indecente desejo da Religião pela Comunicação.

Sou religioso – até onde meu senso crítico permite ser. Acredito mesmo que o padre ou o pastor tem um papel muito importante para o desenvolvimento da sociedade. Assim como tem o professor, o médico, o engenheiro e o radialista. Cada um no seu devido lugar. Já pensou como seriam as coisas sem essa ordem lógica e funcional. Teria o padre condições de fazer uma cirurgia em alguém? Ou ao médico, caberia um bom microfone?


Algumas coisas porém, me deixam bastante inquieto. Um delas é a vulgaridade como a sociedade, ou “certa sociedade”, tende a ver as profissões. Todos querem ser tudo e não acho que isto seja correto. Muito menos liberdade de imprensa. Falo isto, pois ontem esbarrei com sindicalistas e pastores juntos. Disputando a diretoria do Sindicato dos Radialistas de Pernambuco. Confesso que fiquei engasgado. A religião chegou ao Conservatório pernambucano de música, e com seu jeitinho sereno e prepotente, tomou conta. Resultado: a música brasileira está cada vez pior. Sinfonias, consertos ou sonatas, agora são hinos, louvores e glórias. Perdoem-me o desabafo de simples repórter, mas Sindicato de Radialistas é lugar de radialistas, e não de religiosos. Como diz a música, não muito boa, porém apropriada: cada um no seu quadrado. Se um invadir o lugar do outro será uma divina comédia, ou melhor, uma eterna indecência. Só Deus pode parar a humanidade. Viva a liberdade de imprensa. Fora aqueles que à querem à serviço da dominação.

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