A partir do dia 26 Garanhuns se tornará o centro da cultura do Nordeste.
O vigésimo quarto Festival de Inverno chega trazendo o melhor da cultura
brasileira, para todos os gostos. Ou melhor quase todos, pois se cada um tem
seu próprio gosto, é impossível contentar a todos. Mas o importante é o FIG
2014 disponibilizado para o público dozes diárias de arte e cultura, conteúdo
este que já deveria ter transformado a cidade das Flores, em um centro de
produção de arte, o que infelizmente não acontece. Enquanto Garanhuns e cidades
vizinhas se agarram a todos os valores bairristas para manter anualmente o FIG,
outras regiões têm discutido bastante a forma de aplicação dos recursos da
Fundarpe para a formação de políticas culturais. Para este festival, a Fundação
do Patrimônio Artística e Cultura de Pernambuco investiu R$ 9,5 milhões, o que
segundo muitos produtores culturais daria para transformar culturalmente pelo
menos quatro cidades do Estado. Garanhuns não conseguiu. Segue apenas dispondo
de espaço para realizar os espetáculos. Parece que os artistas da terra não
conseguem se misturar com os visitantes. Esperamos que neste Festival de
Inverno, as diversas linguagens culturais consigam se entrosar, permitindo
laços das estrelas locais com as de outras cidades e quem sabe, ainda possamos
ser também um celeiro de produção cultural, pós o Festival. Porquê senão,
seguiremos a mesma retórica de mais um Festival de Inverno que nos serviu
apenas de atrativo por 10 dias, mas que não mudou a forma da cidade pensar arte
e cultura.
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