quinta-feira, 10 de julho de 2014

Quem merece cultura em Pernambuco?

A partir do dia 26 Garanhuns se tornará o centro da cultura do Nordeste. O vigésimo quarto Festival de Inverno chega trazendo o melhor da cultura brasileira, para todos os gostos. Ou melhor quase todos, pois se cada um tem seu próprio gosto, é impossível contentar a todos. Mas o importante é o FIG 2014 disponibilizado para o público dozes diárias de arte e cultura, conteúdo este que já deveria ter transformado a cidade das Flores, em um centro de produção de arte, o que infelizmente não acontece. Enquanto Garanhuns e cidades vizinhas se agarram a todos os valores bairristas para manter anualmente o FIG, outras regiões têm discutido bastante a forma de aplicação dos recursos da Fundarpe para a formação de políticas culturais. Para este festival, a Fundação do Patrimônio Artística e Cultura de Pernambuco investiu R$ 9,5 milhões, o que segundo muitos produtores culturais daria para transformar culturalmente pelo menos quatro cidades do Estado. Garanhuns não conseguiu. Segue apenas dispondo de espaço para realizar os espetáculos. Parece que os artistas da terra não conseguem se misturar com os visitantes. Esperamos que neste Festival de Inverno, as diversas linguagens culturais consigam se entrosar, permitindo laços das estrelas locais com as de outras cidades e quem sabe, ainda possamos ser também um celeiro de produção cultural, pós o Festival. Porquê senão, seguiremos a mesma retórica de mais um Festival de Inverno que nos serviu apenas de atrativo por 10 dias, mas que não mudou a forma da cidade pensar arte e cultura.

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