quinta-feira, 3 de julho de 2014

Os riscos de confiar no estranho

Certo dia um problema no ouvido me levou à procurar um médico. Como era noite e eu precisava ouvir bem no dia seguinte, pois tinha uma coletiva de imprensa, o jeito foi procurar um hospital público... lá vou eu para a Emergência. Não fui muito confortável, pois na verdade tinha convicção de que o caso não era para emergência, mas enfim, o desconforto me levou lá. Até que fui bem atendido, pois esperava de cara um “vá pra casa meu filho. Procure um otorrino amanhã”. Aproveitei a paciência da atendente que me tratou bem e descansei um pouco (mesmo não estando cansado); fiquei aguardando 1 hora e 15 minutos. Quando a médica me atendeu, expliquei que entendia que o caso não era emergencial, pois não iria morrer naquele momento, mas que precisava ouvir bem, logo cedo por conta de trabalho. Ela me olhou como um olhar de deus, daqueles “deuses” bem esnobes que pensam “eu tenho o poder, e dou a quem quero”.

Como eu não tenho o mesmo poder, só pude mesmo ouvir e seguir o procedimento, caso confiasse. A criatura, ou melhor a “deusa”, mesmo sabendo que eu não estava com dor, e apenas mau do ouvido, me receitou uma Dexametasona (4mg) e uma Voltarem (78mg). Resultado, os remédios me dariam uma dor infeliz (desnecessária) e um sono desgraçado, que com certeza me fariam perder a hora de acordar e a coletiva de Imprensa iria pelos ares. Aí eu pensei, mesmo na dor, é preciso olhar para quem segura o bisturi. Confiar as vezes é muito difícil quando não se tem alternativa, por isso meu amigo, melhor procurar emergência quando realmente for necessário, porque senão, você entra no hospital sem dor, e volta para casa com duas dores.

Um comentário:

  1. vixiiii que vc, que horror .....melhoras pra ti, e procure um especialista.

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