Certo
dia um problema no ouvido me levou à procurar um médico. Como era noite e eu
precisava ouvir bem no dia seguinte, pois tinha uma coletiva de imprensa, o
jeito foi procurar um hospital público... lá vou eu para a Emergência. Não fui
muito confortável, pois na verdade tinha convicção de que o caso não era para emergência,
mas enfim, o desconforto me levou lá. Até que fui bem atendido, pois esperava
de cara um “vá pra casa meu filho.
Procure um otorrino amanhã”. Aproveitei a paciência da atendente que me
tratou bem e descansei um pouco (mesmo não estando cansado); fiquei aguardando
1 hora e 15 minutos. Quando a médica me atendeu, expliquei que entendia que o
caso não era emergencial, pois não iria morrer naquele momento, mas que
precisava ouvir bem, logo cedo por conta de trabalho. Ela me olhou como um
olhar de deus, daqueles “deuses” bem esnobes que pensam “eu tenho o poder, e
dou a quem quero”.
Como
eu não tenho o mesmo poder, só pude mesmo ouvir e seguir o procedimento, caso
confiasse. A criatura, ou melhor a “deusa”, mesmo sabendo que eu não estava com
dor, e apenas mau do ouvido, me receitou uma Dexametasona (4mg) e uma Voltarem
(78mg). Resultado, os remédios me dariam uma dor infeliz (desnecessária) e um
sono desgraçado, que com certeza me fariam perder a hora de acordar e a
coletiva de Imprensa iria pelos ares. Aí eu pensei, mesmo na dor, é preciso
olhar para quem segura o bisturi. Confiar as vezes é muito difícil quando não
se tem alternativa, por isso meu amigo, melhor procurar emergência quando
realmente for necessário, porque senão, você entra no hospital sem dor, e volta
para casa com duas dores.
vixiiii que vc, que horror .....melhoras pra ti, e procure um especialista.
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